quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Amélie

Amélie não tinha rosto nos espelhos, ela percorria toda a cidade atras de um rosto pra si, por vezes acreditava que seu rosto era como as flores que comprava todas as manhãs e que colocava junto a janela. Amélie sentia seu sorríso com os dedos, sabia que tinha covinhas quando sorria por encostar as palmas das mãos no rosto, Amélie não sabia se era bonita ou feia, apenas tinha sensações sensibilíssimas quanto a isso quando um ou outro rapaz a cantava na rua, mas segundo sua melhor amiga Desirre, nenhum comentário de homem é totalmente confiável se este ainda não transou com você ou se ainda tem desejo em transar com você no bom e velho estilo sexo por sexo, Desirre vê nos homens uma espécie de pênis com pernas e braços e uma cabeça enorme e oca. Amélie acordou sentindo seu sorríso lhe tomando o rosto por completo, ela está apaixonada pelo rapaz que não sabe o nome, mas que a encara e as suas flores matinais com doçura, nesta manhã Amélie perguntou, após tomar coragem, ao rapaz se ele a achava bonita, ele a respondeu que ela era tão bela quanto as flores que comprara todas as manhãs. ela então tocou uma pétala de seus flores brancas, e sorriu como quem acabara de se ver no espelho.

2 comentários:

  1. A parte da cabeça enorma e oca achei muito feminista e genaralizante.
    Mas o texto ficou bom :D

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  2. É Victória, o destino é realmente fabuloso. Ainda mais se tratando de Amelie Poulain...

    Beijos
    Dé Cheers

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